14 de novembro de 2009

Alma Inquieta




Tenho minh'alma inquieta,
Devido as agruras do mundo,
Tenho meu medo oculto,
Nos sons dos dizeres surdos


Sou a essência da vida toda,
De uma familia que se deve respeitar,
Aprendi que sou fruto do amor,
E ensino aos meus a amar


Minh'alma é inquieta devido ao tempo,
Que se passa pelo relógio implacável,
Não sei se terei muito tempo,
De mostrar que o amor é interminável


Não esmoreço perante as adversidades,
Nem tão menos me encosto nas entrelinhas,
Pois se busco algo é a felicidade,
Do saber o que é o amar de minha família


Me forjei no aço das purezas do amor,
Me entreguei aos braços do meu querer,
Me deixo levar pelos caminhos onde vou,
Mas não desisto do amor do saber


Carlos Falcão

10 de novembro de 2009

"Paralelos"



A reta de minha alma,
Está na curva de seu semblante,
Eu não me acho,
Muito menos te encontro,

Pois nem sei ao certo onde me perdi,

E derrapando em seus seios,
Desfiguro-me em desespero,
Entreteço-me e desnorteio, ajoelho e rezo,
Sou inseguro em minhas partes,

Onde a vida é no paralelo,
Nossos caminhos, nossas vidas,
Que se cruzam e se separam,
Nossos martírios e guerrilhas
Nos paralelos de nossos lábios.

Confronto-te e me encontro,
Devoro-te, e te decoro,
Procuro-te em meus sentimentos
E não acho,
São paralelos do meu fracasso...

Sou tudo isso e quase nada,
Sou amor, paixão e exatidão,
Procuro afagos em seus carinhos,
Procuro amor em suas mãos,
E no instante que me desespero,
Seu semblante é quem me acompanha.

Somos paralelos em nossas vidas,
Somos base e cume da mesma montanha.
Sim e não no talvez...
Esperança que se desfez.

9 de novembro de 2009

Os Ogros também Amam!



Sou rocha na terra, sou tronco do jequitibá,
Sou diamante que ainda não foi lapidado,
Sou partida repentina sem nunca voltar,

Não aviso pra que vim, não digo onde vou zarpar,
Corro sem rumo, em um longo abismo,
Chama da vontade de saber amar,

Sou loucura sem cura, saudade sem fim,
Aprendi ser sozinho,
Não esperava você em mim,

Fui produzido no barro, tijolo duro me tornei,
Fui feito de ferro e aço,
Sem juntas e articulações nunca me enverguei,

Sou rocha sem molde, Sem gracejos me criei,
Ma mandaram seguir meu instinto,
Pois com ele achava que era Rei,

Sou o mais bruto dos seres, e fui agora moldado por amor,
És rainha desse molde novo,
Que me ensinou quem eu realmente sou.

6 de novembro de 2009

Girassol


Tento não lembrar das coisas ruins de minha vida...


Um dia olhei para o céu e pedi a Deus- Me ajude!
Perda de tempo por dois motivos...
Ele sempre me ajuda,
E não é necessário olhar para o céu

Ouvi os ventos soprarem em meu ouvido,
Sou a brisa do amor, sou só e sou tudo,
Senti os raios de sol que me aqueceram a pele,
Os poros abriram e a vida se fez presente

Senti o amor do Pai,
Senti o carinho, a presença e a vida,
Senti que nunca estou só,
Senti que sou muito importante para mim
Sou único, e sou o centro do universo,
Do universo chamado Vida...
... minha vida, meu eu, meu tudo
Sou o centro de minha racionalidade

Sou arco-íris nos campos molhados,
Sou pássaros nas árvores com seus ninhos,
Sou símbolo da vida e do amor,
Sou Girassol recebendo o que vem de você

Sou espelho, e meu reflexo é amor,
Sou rio, e as águas que correm é você,
Sou lua, e recebo a claridade que vem de ti,
Sou a infinita vontade de nunca te perder...

5 de novembro de 2009

Gargulas



As vezes me sinto como gargulas,
No topo de um velho edificio,
Olhando a tudo e a todos,
Imóvel sem sentimento, somente olhando.

Tenho observado a chuva que cai,
E com ela tras a esperança de um novo amanhecer,
Sinto o suave soprar das brisas do vento,
Sinto o arder do sol a me banhar.

Sinto sua presença em certos momentos,
Mas sou feito de pedra,
Sou bloco maciço e cinzento,
Que nada nem ninguem me tiraria do lugar.

Mesmo sendo gargula, de minha face escorre,
Lagrimas de dor, lamurias e paixão,
Observo ao longe o que a vida não me deu,
E todo dia morro aos poucos por ti.

Mas sei que o vento que aqui sopra,
Leva pra longe o perfume e a dor,
Me mostra que sempre haverá um momento,
Em que meu coração de pedra nascerá pro amor.

3 de novembro de 2009

Um Homem chamado Angelina



Ele chega bem sóbrio e sério,
Olhar estranho, ocultando suas verdades,
Ou quem sabe mostrando suas mentiras,
Quem somos nós para entender o sim ou não

Ela chega e não mostra vergonha,
Ostenta orgulho de ser o que é,
Ela é ele e sempre será,
Mesmo se fosse "homem" seria mulher

Ela dança, ele canta, se faz presente,
Com seu leque em punho menina carente,
Envolto às amigas e primas que faz,
Ele gira, rodopia e não é fugaz

Ela ri ela brinca e mostra com certeza,
Que está certa de suas escolhas e sua beleza,
Não liga para o que dizem, ou falam de ti,
Ela grita, gargalha e não está nem aí

Ele nasceu homem, forte e cheio de vida,
Mas preferiu ser moça, é uma menina,
Não sei se foi fácil ou de vida sofrida,
Só sei que esse Homem se chama Angelina...