27 de setembro de 2010

Frio

Na noite fria, é onde mora o meu sofrer...
Derramando às lagrimas que conquistei...
Porque chorei? pergunto a mim, e sei que foi pelo amor de minh'alma...
O grito do sufocar que outrora ficou em meu coração...
Temo mais a vida do que a morte, pois dos dias meus eu nada sei...

A vida me assusta, já a morte me encanta...
Tenho fascinio pela dúvida,
A vida, eu vivo, já vivi e vou vivendo...
A morte, já falei com ela, bailei com ela

A vida, brinca muito comigo,
Me maltrata e me faz sofrer,
A morte, sorri de mim e sai...
Me deixa louco e teme a minha loucura

A vida que amo não ama a mim...
A morte não amo e ela um dia irá me beijar,
Na vida as vezes canso do sofrer,
A morte só me quer quando eu querer...

O choro é da vida, canto do sofrer,
O riso é da morte, engano do querer,
O ódio é do amor, vida no chorar,
O amor é da vida, que ama o querer do penar...

Carlos Falcão

10 de setembro de 2010

Gaivotas ao vento...



Às vezes quando penso que estou só
lembro de uma parte de minha vida
onde caminhava por sombras e lamurias.


Lembro que quando tudo era trevas
Deus me deu a luz em forma de amor e me permitiu
ser conduzido aos vales da sabedoria e da compreensão...

ELE permitiu que eu me perdoasse de meus erros
para assim perdoar a quem devia ser perdoado...

Demorou, mas hoje vivo de forma intensa e feliz...

Hoje todas as mensagens que mando soam como despedida,
mas não, não vou morrer...
Não vou deixar de existir e muito menos de ser amigo de mim mesmo...
É que como a vida nos trás a incerteza,
devemos agradecer tudo de bom e confortante...

O tom de despedida em minha alma é apenas o que aprendi...

Devo agradecer e me despedir
de todos ao menos uma vez,
para que quando chegar a hora de um distanciamento,
não partamos sem ao menos dizer...

... Obrigado, adeus ou quiçá até um dia...

1 de setembro de 2010

Eu... essência de mim...



Meu dias são meus e de mais ninguém,
A palavra ressoa em minha dor,
A Loucura paira sobre meus ombros,
Ondo o sim de meus erros são o não de minha vida...

Cortei meus pulsos com as laminas de suas lagrimas,
Jorrou de mim o sangue que outrora bebi,
De meu lume surgiu o pó da dor,
Do fogo das chamas onde lhe queimei...

O destino nos apresentou para o fim,
O propósito está concluído e à mim?
Restou a culpa de não ter querer,
Mas sobrou a guerra das agruras de você...

Que mundo louco é esse dentro de mim,
Onde o erro da luta me desarma de vontades,
E o querer do sofrer se derrama ao deleite do amar,
E dou o meu corpo às damas da vida...

Me querem? Sou seu...
Me amam? Nada sabem do amor...
Me matam? Sou dono de minhas vontades...
Me faz sofrer? A dor em minha alma já o fez...

Aprendi com a dor, com o sofrer...
Nunca mais irei chorar, nem sorrir, nem penar,
Menos ainda sofrer, ou lutar com o querer,
Não vou viver, nem morrer, apenas serei EU.