28 de outubro de 2009

Corvo



O vento bate em meu corpo em leve soprar,
Solto-me ao léu por sobre o abismo de amor,
Sinto as lagrimas escorrerem em meu corpo,
Me banhando os seios e molhando minhas asas

Sou ave de rapina, mulher guerreira,
Mas sei que sozinha não há cura para a dor,
Sou um corvo em busca de sua presa fácil,
Há muito que não sinto o amor

Me sinto meio híbrido nesses momentos,
Onde o sim e o não vagueiam sem rumo,
Me mostra a dor do parto que nunca tive,
Na silhueta bela desse meu corpo de mulher

Sou a personificação do mal, em busca do bem,
A dor que me vai no íntimo eu mesmo criei,
E ao cortar o cordão umbilical da vida,
Parei de planar por entre os vales rochosos

Me atirei de corpo e alma para dentro do abismo,
Não sei retornar e nem consigo as asas bater,
Me sinto fraca e precisando de asilo,
pois a falta de amor me faz a cada minuto morrer

Quero a presa e o sangue que jorra,
Das feridas mundanas que eu mesmo causei,
Procuro facilidade e me prostituo na vida,
Pois nesses momentos esqueço a quem tanto amei

Sou linda, voraz e quiçá verdadeira,
Sou tudo aquilo que sempre busquei,
Sou corvo na briga diária por alimento de vida,
Jamais serei a mulher que sempre sonhei

3 comentários:

Anônimo disse...

Nossa!!!Que poema profundo!!!
Amigo, é lindo, embora eu tenha achado um pouco tristinho,rsrsrsr...
Um beijo grande e um lindo dia
Bjssssssssssssssssss

Graciela disse...

hola Carlos soy Graciela de aromas de mamá, me encantó el poema de hoy!!! los dibujos tambien son tuyos? Preciosos!

Unknown disse...

carlos... lí agora. Ainda estou vagando... mas é muito gostoso chegar no seu blog e se encontrar nos seus escritos...
corvo é simplesmente maravilhoso.
E a perfeita sintonia entre o sentimento de um mulher frustrada, porem pronta para a batalha...
o desejo de felicidade não abandono almas caídas...em crise...
sempre buscando ser a mulher dos sonhos, nem que seje em sonhos...para isso lutamos, enfrentamos as amarguras da vida.

bjss

leek