26 de outubro de 2009

Brinquei com a Morte



Ontem brinquei com a morte,
Bailamos ao som de minhas loucuras,
Sorrimos com meu desespero,
Choramos com as incertas de minha vida.

Ontem beijei a morte,
Tentei que ela fosse meu único e verdadeiro amor,
Que ela me desse à vida para morrer,
Que ela ficasse comigo até o seu dia.

Ontem dancei com a morte,
Mas ela me parecia longe,
E eu a querendo perto e junto de mim,
Mas ela se afasta e diz que sou insano.

Nessa minha loucura momentânea,
Em que percebo que nem a morte me quer,
Sinto-me perdido no espaço tempo,
Me prostituindo por uma vida qualquer.

Me entrego as peripécias da vida,
Humilhando-me por uma morte de forma qualquer,
Ela não vem e a loucura dilacera minha mente,
Chamo a morte para uma noite me velar.

Ontem conversei com a morte,
Foi difícil, mas entendi porque não me quer,
Sou cria do aço, da rocha e do trigo,
Não posso casar com uma morte qualquer.


6 comentários:

Everson Russo disse...

Ainda bem que dessa brincadeira, voce é forte...abraços amigo e otima semana.

Wanderley Elian Lima disse...

Olá Falcão, pesado porém bonito.
Forte abraço

Retalhos de Amor disse...

Palavras fortes n'uma
Ímpar e Bela Poesia!!!

Semana de paz pra ti,Carlos*****
Paz e bem!!!
Iza

LUH disse...

oii passando pra agredeçe sua visita n meu blog.
bjao e passei aki p conhecer o seu...

Zé Henrique disse...

Entaum...
Jah brinquei c a morte tb...
Mas naum que ela naum me quizesse.
Na verdade, impediram-me de te-la.

Eh uma experiencia realmente engrandecedora. Falo aqui da morte como busca de outra vida, outra realidade. E vc fala disso como poucos. Tb tenhu alguns poemas sobre o assunto.

Abraço.

Anônimo disse...

Please, I would know the name of the autor of the death angel picture. thank you. Angela Rustici