3 de novembro de 2009

Um Homem chamado Angelina



Ele chega bem sóbrio e sério,
Olhar estranho, ocultando suas verdades,
Ou quem sabe mostrando suas mentiras,
Quem somos nós para entender o sim ou não

Ela chega e não mostra vergonha,
Ostenta orgulho de ser o que é,
Ela é ele e sempre será,
Mesmo se fosse "homem" seria mulher

Ela dança, ele canta, se faz presente,
Com seu leque em punho menina carente,
Envolto às amigas e primas que faz,
Ele gira, rodopia e não é fugaz

Ela ri ela brinca e mostra com certeza,
Que está certa de suas escolhas e sua beleza,
Não liga para o que dizem, ou falam de ti,
Ela grita, gargalha e não está nem aí

Ele nasceu homem, forte e cheio de vida,
Mas preferiu ser moça, é uma menina,
Não sei se foi fácil ou de vida sofrida,
Só sei que esse Homem se chama Angelina...

2 comentários:

Wanderley Elian Lima disse...

Muito, muito bom Falcão, esta dualidade que você descreveu foi perfeita. Parabéns.
Forte abraço

Zé Henrique disse...

Muito bom mesmo.
E muito inteligente.
Parabens.

Mostra como devem ser simples e normalmente encaradas as escolhas, sem demoniza-las.

Muito interessante.