28 de outubro de 2009

Irreal



Olho as curvas retas do meu paradigma,
E mergulho no mar de vento do chão,
Perambulo por entre as rochas gélidas do Saara,
Na busca sem retorno do Santo Graal

Nesses momentos meu relógio parado corre,
E me mostra quão certo é meu erro,
Me fazendo rir de tantas lágrimas que solto,
E a tristeza me maltrata e me deixa enfermo

Sou feliz grito do alto da torre,
Com a espada em punho mirando o chifre do dragão,
Salvo a princesa e mato-a no mesmo instante,
Pois percebo que ela nem era tão bela assim

Corre em busca do fim do arco-Iris,
E com meu trenó puxado por gnomos chego lá,
Desço e percebo que é tudo mentira,
São pequenos potes de guache refletindo o sol

Pulo na cachoeira dos cachos de seu cabelo,
Para parar nas profundezas de seu colo,
Estagnado em seu seio me mostro cansado,
Já é meio dia e volto a sorrir querendo chorar

E nesse momento meu amor por ti me cega,
Pois notei que és burra por querer me amar,
Sinto que a cada movimento é impossível a volta
Pois minha realidade faz a minha loucura aumentar

5 comentários:

Poesias_Urbanas por Lílian Fraga disse...

Olá, és muito bom.
;D

Poesias_Urbanas por Lílian Fraga disse...

rs.
Bem, obrigada.
Raramente acho escritos tão interessantes.
Beijos

Anônimo disse...

Lindo poema....
Uma linda noite
Beijos

Roque José disse...

ola carlos, terei um prazer em ilustrar as capas do seu livro, também faço trabalhos online,quando quiser é só falar ta bom, abraço!

Sandra Ribeiro disse...

Nossa, você escreve lindamente...Nem sei se existe esta palavra, caso não exista eu a inventei para fazer um elogio, que com certeza está muito abaixo do que você realmente merece...Meus parabéns...